O que é storytelling?
Traduzindo “ao pé da letra”, storytelling significa contar histórias.
Sei que não é nenhuma novidade, afinal o homem faz isso praticamente desde que vivia em cavernas.
A questão é que as técnicas de storytelling passaram a ser estudadas, por autores como Joseph Campbell e Maureen Murdock.
E exploradas de forma inteligente pelo marketing, por conseguir transmitir uma mensagem de forma inesquecível e conectar-se com a pessoa a nível emocional.
Afinal, uma boa narrativa tem o poder de prender a atenção do público, o que se tornou artigo de ouro diante do mar de publicidade ao qual somos expostos todos os dias.
Não tem jeito: Se você quer que seu cliente pare para consumir seu conteúdo jurídico, o storytelling precisa fazer parte da construção.
E digo isso não só no aspecto de contar histórias, mas no sentido de passar a mensagem através de narrativas envolventes.
Foi isso o que mudou o jogo da produção de conteúdo aqui na agência e é o que quero compartilhar com você agora.
Vou explicar os pilares do que nosso time de redação apelidou de storytelling jurídico e mostrar formas criativas de implementar essas técnicas nos seus posts.
Preparado? Então vamos lá!
Por que o storytelling ganhou força no marketing de conteúdo jurídico?
Se fosse para dar uma resposta rápida, seria: porque aprendemos a jogar o jogo do marketing digital.
Você deve ter notado que muitos advogados e empresas têm apostado na construção de conteúdos jurídicos com storytelling.
Aliás, gosto sempre de frisar que conteúdo jurídico não é coisa só de advogado, viu?
Se você tem um negócio cujo produto ou serviço envolve qualquer tema relacionado ao Direito, parte do seu conteúdo será jurídico.
Mas, voltando ao assunto, o nicho de infoprodutores e agências sempre aplicaram storytelling, porque é um instrumento poderoso de copywriting e vendas.
Acontece que, nos últimos anos, os escritórios e empresas também começaram a investir nisso, porque perceberam como o digital funciona.
Hoje, não basta compartilhar informação de valor.
O conteúdo jurídico que performa bem é o que chama e prende a atenção do cliente.
Então, você precisa dar um jeito de ser criativo, para compartilhar a informação de forma didática e envolvente.
É claro que você pode fazer isso com dancinhas, colocando fantasias ou criando cenas de um teatro.
Mas, se esse não é seu estilo (o meu também não), aposte no storytelling!
Até porque já existem estudos mostrando como essas narrativas despertam sentimentos importantes na tomada de decisão de compra.
Neurociência confirma: Histórias acionam os gatilhos cerebrais que convertem clientes
Pois é, a própria neurociência provou que histórias ativam áreas do cérebro responsáveis por provocar efeitos bem interessantes para a conversão de clientes, como:
- Conexão: ao entrar em contato com uma boa história, o cérebro do leitor libera ocitocina (“hormônio da empatia”), o que faz com que crie laços emocionais com o você e seu negócio.
- Atenção: histórias instigantes ativam o córtex pré‑frontal e o sistema de recompensa (via dopamina), mantendo a pessoa focada e ansiosa pelo desfecho, mesmo em meio a múltiplos estímulos concorrentes.
- Memória: ao envolver várias regiões cerebrais (auditiva, visual e motora), o storytelling dispara o hipocampo e consolida informações mais profundamente, fazendo com que sua mensagem fique na mente do cliente por muito mais tempo.
E olha, que isso é só a “ponta do iceberg”, viu?
Se quiser se aprofundar um pouco mais no assunto, recomendo dar uma olhada em conteúdos sobre neuromarketing.
Inclusive, é um tema que amo e já está nas próximas pautas, prometo que logo publico aqui!
E agora que você já entendeu o porquê o storytelling é importante, podemos ir para o ponto-chave deste artigo: o storytelling jurídico.
O que é storytelling jurídico?
Storytelling jurídico nada mais é do que aplicar as técnicas de storytelling na criação de conteúdo jurídico.
Se você pesquisar um pouco, vai ver que existem várias estruturas de storytelling, com destaque para essas clássicas:
- 3 Atos
- Jornada do herói
- Jornada da heroína
De fato, é a visão mais tradicional sobre o tema.
Mas, confesso que ela também acaba nos deixando engessados, como se para construir um storytelling de respeito fosse necessário uma longa história.
O que a gente sabe que nem sempre cabe na produção de conteúdo jurídico, né?
Por isso, prefiro usar uma outra roupagem…
O jeito mais fácil de aplicar storytelling jurídico
Há alguns anos, conheci o trabalho do Dimitri Vieira, ex-estrategista de marketing da Rock Content e um dos maiores especialistas do país em conteúdo para LinkedIn.
Ele tem uma visão bem interessante sobre storytelling, dizendo que está focado na construção de 4 elementos:
- Personagem
- Contexto
- Conflito
- Mensagem
Se você parar para pensar, é bem mais fácil criar conteúdo jurídico com storytelling a partir disso.
Porque é possível construir uma narrativa baseada nos 4 elementos em praticamente todos os estilos de texto.
Incluindo aqueles mais técnicos e informativos, que são o grande foco quando o assunto é Direito.
Por exemplo, um previdenciarista pode usar o caso fictício da Dona Júlia para explicar o porquê certas vezes o valor do auxílio-doença é menor que a aposentadoria por invalidez.
Ou uma startup de due diligence pode usar o problema enfrentado por uma BET como plano de fundo para mostrar como uma ferramenta de análise de risco é essencial para a conformidade regulatória das empresas do setor.
O melhor é que conseguimos mesclar informações técnicas (de lei, doutrina, jurisprudência etc.), casos práticos e posicionamento de autoridade.
Uma mistura inteligente para quem busca trabalhar seu marketing jurídico de forma autêntica, fugindo da mesmice do que vemos por aí.
Inclusive, vem conferir na prática o poder que o storytelling tem de chamar a atenção para qualquer tema!
Exemplo de storytelling jurídico em ação
Vamos imaginar que você é advogada de direito de família e quer comentar como o STJ se posicionou sobre divórcio pós-óbito no julgamento do Recurso Especial nº 2.022.649.
Você pode fazer um post chato:

Com uma legenda cheia de juridiquês:
“A 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, no Recurso Especial nº 2.022.649, se posicionou no sentido de que é possível reconhecimento de divórcio post mortem.
Isso é um marco na seara do direito de família e sucessões, porque impacta significativamente a divisão de bens.”
Ou pode fazer um post com storytelling, que conversa diretamente com os interesses do seu cliente:

Com uma legenda interessante:
“Isso aconteceu com um casal que vou chamar de Júlia e o Carlos.
Eles se casaram nos anos 70, mas estavam separados de fato desde de 2020.
Inclusive, a Júlia tinha uma medida protetiva contra Carlos, por isso ele nem morava mais com ela e os filhos.
Ela chegou a entrar com pedido de divórcio, mas acabou falecendo no meio do processo.
Aí, Carlos pediu a extinção da ação, provavelmente com interesse na herança.
Mas, adivinha? A Justiça negou o pedido.
Porque, enquanto Júlia ainda estava viva, ela já tinha concordado com o divórcio, falando isso no próprio processo.
Por isso, o Tribunal entendeu que a vontade dela devia ser respeitada, sendo que os filhos poderiam substituí-la e dar andamento na ação de divórcio.
Então, fica a dica: A morte de alguém do casal no meio do divórcio não é motivo para extinguir a ação e o outro ter direito a herança!
Obs.: Se quiser conferir o processo, é só pesquisar pelo Recurso Especial nº 2.022.649 lá no site do STJ.”
Percebeu como a mesma pauta pode se tornar muito mais interessante com a narrativa certa?
O grande X da questão é a forma como o conteúdo é apresentado, é natural ficar curioso para saber o resultado de uma história com personagens e reviravoltas.
E é isso que faz do storytelling jurídico uma ótima ferramenta para transformar o seu texto em conteúdo estratégico!
Sei que talvez esteja pensando: “Ah Carol, mas eu não tenho tempo e nem disposição para desenvolver todos esses pontos na minha produção de conteúdo”.
Calma que isso tem solução e você pode contar com a minha equipe para ser o seu braço direito!
Na ACE, seu conteúdo jurídico se transforma em histórias envolventes que atraem e convertem
Como advogada, sei bem o desafio que é escrever sobre Direito com simplicidade nas explicações sem perder a profundidade técnica.
Por isso, fundei a ACE, uma agência especializada na produção de conteúdo estratégico, aplicando técnicas de copywriting e storytelling jurídico.
Nosso time de redatores é 100% formado por advogados e bacharéis em Direito, para garantir que as publicações sejam escritas por quem é da área e domina o assunto.
Esse nível de especialização nos fez conquistar clientes dos mais diversos nichos da área: infoprodutores, advogados, empresas e agências de marketing.
Nosso portfólio de serviços inclui:
- Estratégia de Conteúdo
- Desenvolvimento de Linha Editorial
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- Artigo
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Hoje fico por aqui, mas te espero no próximo artigo! 🙂
Fontes:
O que é storytelling? O guia para você dominar a arte de contar histórias
O que acontece no cérebro ao ouvir uma história e como aproveitar isso



